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sábado, 8 de setembro de 2012

FIB - Felicidade Interna Bruta

 Essa semana tive que fazer uma redação no cursinho com o tema ao redor de "FIB - Felicidade Interna Bruta". Bom, sinceramente, nunca havia ouvido falar de nada disso, mas pelo pouco que li sobre o assunto achei bem interessante e decidi pesquisar mais.
 Minha primeira reação ao ler FIB foi "Lá vem outra política capitalista". E depois que vi que esse "F" era Felicidade, logo pensei "Lá vem outra política anti-capitalista". Bom, percebi que eu estava errada, em ambos os casos.
 O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos indicadores para calcular o desenvolvimento econômico de determinado lugar. Este leva em consideração somente valores monetários. Em 1972, o rei do Butão começou a analisar o melhor modo de governar seu país. Começou a observar outros países e viu que na esmagadora maioria o cenário de "muitos com pouco e poucos com muito" se repetia. Deste modo percebeu que o PIB poderia passar uma falsa impressão da realidade, visto que o país até poderia ser rico, mas com toda essa riqueza concentrada na mão de pouquíssimos e a população vivendo na miséria.



 Pois então pensou num novo método pra medir o desenvolvimento de seu país. E foi aí que surgiu o FIB. 

 E o que seria FIB? O rei butanês achou que o cálculo da riqueza deveria considerar outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como educação, preservação ecológica e qualidade de vida, entre outros. Ou seja, o objetivo da sociedade seria a integração do desenvolvimento material com o desenvolvimento psicológico, cultural e espiritual. Lembrem que o Butão é um país budista, e esses fatores são extremamente importantes para eles.
  Resumidamente, essa é a teoria do FIB. Desde então ela vem sendo usada no Butão, e esta ideologia está cada vez mais espalhada pelo mundo.


 Primeiramente achei que esse sistema seria do tipo "dinheiro não traz felicidade", o que, para mim, é um conceito extremamente furado. Não existe felicidade plena. O que temos são MOMENTOS felizes. Logo mais ela passa. Agora vem me dizer que quem tem dinheiro não tem momentos felizes. É óbvio que tem. Comprar aquele carro que tanto queria, viajar com sua família, visitar os pontos turísticos do mundo, tudo isso proporciona um momento, nem que seja mínimo, de felicidade. 
 Mas NÃO ter dinheiro também não impede ninguém de ser feliz. É como naquele trecho de "Memórias Póstumas de Brás Cubas": "Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro". Machado de Assis descreveu bem esses momentos de felicidade, o quão fáceis são de serem obtidos. O simples fato de descalçar botas apertadas já proporciona um momento feliz.
  Na minha redação, eu tinha a opção de ser contra ou a favor da implantação do FIB. Como já disse, logo pensei em me posicionar contra, porque achei que seria uma política do gênero "Vamos queimar nosso dinheiro e ser felizes". Acho isso algo surreal. Mas quando continuei a ler o artigo que havia na proposta, vi que a real ideologia do sistema era a integração de valores monetários com valores psicológicos. Achei isso maravilhoso. Pois com isso o governo tem que investir o que conseguiu com o desenvolvimento econômico na educação, na saúde, na conservação ambiental e em todos os setores que o FIB determina, para só assim conseguir ser REALMENTE desenvolvido.
 Pois bem, me tornei uma adepta da ideologia do FIB. Claro que, a nível de Brasil, acho difícil esse sistema ser implantado brevemente. Mas cada vez mais o FIB está se popularizando e acho isso ótimo.
 Para quem quiser saber direitinho o que é o FIB, encontrei esse vídeo que é simples e claro de entender: 

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